Brasileira perdeu R$ 600 mil em criptomoedas com golpe no Tinder

Golpe do amor Sem experiência no mercado de criptomoedas, uma brasileira de 41 anos perdeu R$ 600 mil em um golpe aplicado por um perfil fake no Tinder. A vítima estava há um mês se relacionando amorosamente com o golpista através das redes sociais. Aline Fernandes é uma administradora de empresas bem sucedida, mas não…

Golpe do amor

Sem experiência no mercado de criptomoedas, uma brasileira de 41 anos perdeu R$ 600 mil em um golpe aplicado por um perfil fake no Tinder. A vítima estava há um mês se relacionando amorosamente com o golpista através das redes sociais.

Aline Fernandes é uma administradora de empresas bem sucedida, mas não tinha conhecimento em mercado financeiro. Ela saiu de um casamento de 20 anos e passou a utilizar o aplicativo Tinder para conhecer uma pessoa nova. Contudo a mesma, acabou caindo em uma fralde cibernética e relatou a história ao jornal à Folha de São Paulo.

No Tinder, ela encontrou Jack, supostamente um investidor especialista de 33 anos do Reino Unido. Em conversas, Jack despertou o interesse de Aline explicando algumas coisas sobre criptomoedas, informações que foram checadas como verídicas por ela.

Ao conquistar a confiança da moça, o golpista que se intitulava um “homem de negócios” sugeriu que ela poderia começar a ganhar dinheiro investindo com seus conselhos. A principio o golpista e Don Juan do Tinder ensinou Aline a aplicar em criptomoedas através da corretora Crypto.com e tudo ocorreu bem, ela estava enxergando lucros.

Jack portanto induziu Aline a transferir seus fundos para a BTX Exchange pois, segundo ele, “valia mais a pena”. Essa plataforma no entanto, não é registrada em nenhum país, não consta com nenhuma informações de contato, possui alegações falsas em seu site e usuários já reportaram a perda de seus investimentos nela, por esses e outros motivos ela foi classificada como “fraudulenta” por uma análise da ScamOSafe.

Além de alocar suas moedas digitais em uma corretora fraudulenta, ela estava com prejuízo decorrente da baixa do mercado financeiro. Cerca de R$ 425 mil que foram aplicados já estavam valendo aproximadamente R$ 225 mil, e, para conter perdas maiores, Aline decidiu sacar tudo.

Quando ela tentou retirar suas criptomoedas da BTX Exchange, a corretora condicionou o saque ao pagamento de “taxas e impostos” no valor de 37.568 USDT (dólares tether). No desespero para recuperar seus investimentos, ela usou cartões de crédito na esperança de e contraiu dívidas para remunerar os cerca de R$ 180 mil em “taxas”, que na verdade era apenas um golpe da plataforma.

Com isso, seu prejuízo acumulado chegou a R$ 600 mil, que parte era da venda seu apartamento que compartilhava com o ex-marido e parte eram dívidas. A vítima realizou um boletim de ocorrência na delegacia de crimes cibernéticos, em São Paulo. lamentavelmente, será difícil ela receber esse valor de volta.

Criminosos no Tinder e aplicativos similares possuem um padrão de falar que não moram no Brasil, usam fotos falsas e em pouco tempo de conversa falam em dinheiro, disse o delegado da divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, Thiago Cirino Chinellato.

O Tinder, que lamentou o ocorrido, recomendou que os usuários dessem preferência a se relacionar com perfis com selo de verificação, uma proteção do app contra contas falsas.